Fui a Lima em Novembro de 2013 para um congresso. Estava muito atarefado antes da viagem e por isso não pude planejar praticamente nada. Graças à IzaPeloMundo, que acionei um dia antes da viagem (Iza, desculpas! 🙂 ) recebi dicas que me permitiram aproveitar o pouquíssimo tempo livre na cidade.
Ao aterrisar, como em São Paulo, você não chega em Lima e sim em Callao. Ao sair do aeroporto a primeira dica é pegar um taxi mais barato. Você vai sair e logo dar de cara com dois stands de taxis executivos, caros como em São Paulo. Passe por eles e logo em seguida, antes de chegar à rua, encontrará stands mais simples de taxis mais baratos.
No caminho até o hotel podemos reparar em uma paisagem semelhante a que vemos em Guarulhos -> São Paulo: casas amontoadas, muitas vezes sem pintura, dando uma impressão de favela melhorada. Mas dê uma olhada a alguns detalhes em particular: mesmo em áreas mais pobres, o asfalto é impecável, as calçadas também, e sempre existe adaptação para cadeirante subir e descer das calçadas. Gostei de ver isso.
O clima na cidade no final de Novembro era agradável, com os dias quentes, mas não de rachar, e noites frescas. Ao andar pelas ruas, essencial filtro solar, boné e óculos escuros.
Bem, fiquei hospedado no The Westing Lima Hotel, em San Isidro, praticamente a meio caminho entre Barranco / Miraflores e o centro de Lima. Como gosto muito de ver as ruas, as pessoas, olhar e tocar detalhes que a gente não vê quando está de ônibus, tracei uma rota pelo google maps e fui do hotel até Miraflores a pé. Aproximadamente uns 7 quilômetros, só a ida. No caminho, o mesmo asfalto e calçadas impecáveis, praças sempre limpas e floridas, casas de todos os tamanhos, sempre bonitas, e um trânsito caótico. Ah, o trânsito. Uma grande verdade: o pessoal lá é meio kamikaze. Creio que por isso em sua maioria os taxis estão (bem) amassados.
No caminho tracei uma trajetória para passar por Huaca Pucllana, um sítio arqueológico no meio da cidade. Vale a pena ir, para quem como eu gosta de se ver pisando em um lugar milenar. Lá, no próprio lugar, há um restaurante bastante elegante, que não visitei por que, àquela altura o máximo que eu iria fazer é tomar uma cerveja, mas como estávamos em dias de eleição, a lei seca imperava. Peguei uma guia que peruana, para exercitar o idioma. Mas existem guias em Inglês também. Português? ¡Lo siento!
Em Huaca Pucllana a gente vê um pouco da histórica, da cultura, e há oportunidade para ver plantas e animais locais nas pequenas horas e no pequeno zoológico, tais como a planta de coca, a Lhama e Alpaca.
Foi nesta visita que fiquei sabendo um pouco dos costumes do povo, do por quê de comerem tanto o Ceviche (sempre na hora do almoço), o por quê das roupas, que em Lima não chove mais que 2mm por ano, apesar de às vezes a humidade do ar chegar a 100% (talvez por essa falta de chuva o asfalto seja tão bom). Os tijolos das pirâmides de Huaca Pucllana foram totalmente feitos à mão, um a um, o que lembra um pouco a história das telhas “feitas nas coxas” aqui no Brasil.
De Huaca Pucllana tracei uma rota até o oceano pacífico, onde me deparei com uma costa muito linda, bordeada por parques também muito bonitos e bem cuidados. Caminhei pela costa no sentido sul até o Shopping Larco mar. Olha, digo a vocês: a caminhada vale a pena.
O Shopping Larcomar não pode ser visto da rua, fica quase que, digamos, subterrâneo, encrustrado na encosta, e oferece vistas lindas do mar. Lá também existem quiosques para a compra de city tours e para o aluguel de bicicletas. Como Lima é 100% plana, apesar de não tê-lo feito acho que deve ser muito legal fazer um passeio com bicicletas ou com skate. Esperava ter visto mais gente usando estes meios de locomoção, mas não foi o caso. Numa das fotos a seguir circulei o shopping à beira do penhasco.
De lá voltei novamente a pé até ao hotel, por um rua chamada Petit Thouars que possui vários “mercadinhos” de coisas típicas. Os preços nelas são praticamente os mesmos, e em todos em que fui consegui descontos de 20% a 30%. O atendimento é muito bom. Ainda falando de compras: os eletrônicos são um pouco mais caros que nos EUA e o preço dos perfumes no Duty Free de lá era mais barato que no Brasil. Bom, cheguei ao hotel com tempo suficiente para deixar os pés de molho na água quente antes de ir “cenar”. Escolhi um local onde se janta e há um espetáculo de danças típicas. Recomendo; bonito de se ver.
No dia seguinte tive que trabalhar pela manhã mas na parte da tarde caminhei em direção ao centro (acho que era o centro), para a Plaza de Armas de Lima. Descobri que existem duas, então não sei se fui à certa, mas de qualquer forma era muito bonita. O caminho também foi bastante bonito. Passei pelo palácio de justiça, pela praça de armas de fato, pelo palácio do governo e ao final da caminhada cheguei ao Parque de La Muralla. Lá também haviam barraquinhas com bons preços e comidas típicas que não me atrevi a experimentar. Havia por exemplo um prato que era servido com um peixe inteiro, grande, com a cabeça e rabo fora dos limites do prato. Não sei se era algum tipo de “quermesse” só para aquela data. Bom, nesse dia só consegui voltar a pé até a “plaza de armas” e ali peguei um taxi até o hotel.
Enfim, essa foi minha viagem rapidinha por lá. Não teria aproveitado nada sem as dicas da Iza. Minha visão final: adorei Lima. Clima bom, cidade bonita, povo amável, comida gostosa. Recomendo!
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